sábado, 16 de agosto de 2014

5 dias 5 filmes

Há dias em que tudo fica do avesso
As horas resmungam e tornam-nos fastientos
Somos empurrados de forma ensombrada
Para os profundos escombros de insípidos momentos.

Outros porém, esses mais raros.
Parece que aclaram o sorriso regando a alma
Com ternos e preciosos segundos vividos
Que nos trazem ao coração, um doce destino.

Contrariando a probabilidade, nesta sociedade de teor taciturno
Uma progressão geométrica dos mesmos vão-se sucedendo
A cada dia uma descoberta, um novo motivo de admiração
Alimentado a fome e curiosidade de saber mais
Arriscando entrar pelos meandros menos luminosos
Pois no fundo acredito e sei...que o bom vai sempre superar.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Está quase ;)

O dia passa devagar, está o momento a chegar
Nada aconteceu de repente, construiu-se pacientemente.
Hoje é apenas mais um marco, mas um cheio de significado
Nada será diferente, mas também igual não ficará.

A minha mente divaga em introspeções
Qual filme da vida a correr pelos meus olhos.
Alegrias, sensações, angustias pensamentos
Momentos vividos e partilhados para sempre guardados.

Desde o 6º ano de olhares de lado e desconfiança infantil
Num 10º de contactos mínimos e cordiais cumprimentos e despedidas
O resto de secundário que semeou e começou a florescer
Aos momentos em Setúbal num estágio de verão
A faculdade que nos uniu de forma única.
Ao amigo e irmão escolhido pela pessoa que és
Cheia de defeitos é verdade, mas com uma avalanche de qualidades.

só eu sei o quão difícil é perdurar
E aceitar alguém com a minha maneira de ser.
E tu sem problemas, sempre estives lá.

Abraço amigo.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

digno

Amiga: És um amigo incrível. Às vezes parece que nem preciso de falar, tu chegas e consegues ler como me sinto só de me ver.

Amigo: Posso passar a ler-te em braille?


[Non portuguese version ;)]

Female Friend: You are a fantastic friend. Sometimes i don't even need to talk, you just arrive and read my thoughts and feelings just with eye contact

Male Friend: Can i read you in braille?

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dilema

Bio: Jovem de 28 anos com uma mente tipicamente distraída em relação à namorada, que por mais desgadelhada que esteja parece-lhe sempre uma princesa a chegar ao altar.

Problema:
 Reparar que a namorada cortou ou fez algo ao cabelo

Solução:
Criar aplicação móvel em que quando a namorada vai ao cabeleiro, este regista o que ela fez e despoleta uma notificação para a aplicação do jovem namorado.

Intenção:
Quando ela chegar à beira dele poder dar a dica com a certeza: Olha, estás diferente, o que fizeste? (nota: sugerir o que poderá ter feito dá muita bandeira)

Resultado a curto prazo:
Menos umas  quantas saídas dela " tu nunca reparas em mim" e provocar  endorfinas na namorada fazendo o que ele mais gosta: vê-la feliz


Resultado a longo prazo:
Ela descobre a Aplicação e cai o carmo e a trindade porque o que ele fez não foi de forma Natural então não tem o mesmo valor.


Conclusão:
Ele preocupou-se com uma necessidade, arranjou uma solução e tudo para ficar bem. Ela está preocupada com o natural da coisa...

Decididamente manual precisa-se.

p.s: História imaginada durante uma conversa demagoga num período de procrastinação no trabalho :D

Um jovem com problemas de atenção decide inventar uma aplicação móvel para resolver este problema

terça-feira, 15 de julho de 2014

Bem, adio novamente

Há constantes que apenas variam na forma como entram na nossa vida.
Com esta adio mais uma e espero pelo ciclo que me irá trazer uma nova.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Brandos costumes

Preocupa-me o facto de parecer que se vive em portugal um clima tolerante e abrangente a todos os temas, quando no fundo basta algo aparecer algo de errado que desata-se a desenterrar todo o tipo de argumentos de baixo nível, xenófobos e ignorantes.

As responsabilidades devem ser apontadas e não rebuscadamente colocadas ao serviço das frustrações retrógradas que abundam na cabeça de cada inergume.

Seguramente são uma minoria, pelo menos quero acreditar, no entanto estas questões não são aquelas em que ignorar resolve o assunto. Pelo contrário, cimenta medos e razões vazias.

Esta "minoria" não tem pejo em falar e vociferar tamanha quantidade de estrume. Há que contra-argumentar e não deixar sem resposta o que contado muitas vezes e sem direito ao contraditório raramente não se torna regra.

O julgamento fácil é algo que ninguém está livre...no entanto o argumento sujo  já depende da imundice e trampa que mina o cérebro de quem os usa.


terça-feira, 17 de junho de 2014

Dentista

Honestamente....

Assistir ao canal zen.tv, quando o programa era sobre exercícios de relaxamento com três senhoras em várias posições que oscilavam entre pranchas, movimentos pélvicos e alongamentos de barriga para o chão...Não será melhor maneira de relaxar na cadeira do dentista

quarta-feira, 4 de junho de 2014

E chega o dia 7 :p

É já este sábado o meu primeiro workshop. Este será um primeiro passo, o principio da minha aprendizagem também numa área que gostava de investir, animação ligada à dança.

O começo porque não tenho formação nem na área artística nem pedagógica. Muitos perguntam, incluindo eu, se não estou a começar a construir a casa pelo telhado. A resposta mais fácil de dar é que muito provavelmente sim. Tento isolar este pensamento e pensar que darei um passo de cada vez e avaliando os pontos em que necessito de evoluir e procurar formações direcionadas para objetivos mais focados e sucintos no tempo.
 
Voltando ao dia 7, sinto a ansiedade da expectativa natural nestas alturas em que se experimenta algo novo. Vou apresentar uma ideia e um conceito, algo que irá ser alvo de escrutínio. Não é possível agradar a gregos e a troianos, mas desejo sinceramente que o resultado final traga um sorriso originado numa hora e meia bem passada com muita alegria, convívio e dança. Claro está, e mais importante, que consiga colocar a semente  da vontade de prosseguir neste tipo de atividades aqueles que participarem no workshop. 

Não será com este dia que irei descobrir a pólvora ou tornar-me num master no ensino da dança. Também não será neste dia que irei desistir caso as coisas não corram como esperado. Apenas o primeiro passo.

Até sábado

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Fashion way

Não te abandonei, garanto.
Apesar de agora também twittar.
Não te esqueci, é certo
Se bem que mais (+) carregar

Não me despeço, sem margem para duvidas
Mesmo vendo-me a likar
Não te encerrarei, é impossível
Ainda que esteja a dispersar.
Não deixarás de ser uma parte de mim

Pois é aqui que o insano e profano,
profundo e pensado
Alegre e motivador, irei continuar a ditar

quarta-feira, 14 de maio de 2014

E agora com quase cinco meses

Um exemplo: Dia de ir às compras.

Após passagem rápida pelos pasquins da publicidade, célere, pois se me der ao trabalho de ler tamanha quantidade de informação, processar, comparar e definir um plano de ataque mais eficiente e poupado deixo de ter vida, enveredo em mais uma odisseia sem hora de fim estipulada.

Considero-me  uma pessoa bastante controlada no que toca ao consumismo desenfreado, no espanto quase espontâneo por algo cuja a cor hoje está mais atrativa ou que o cêntimos abaixo do valor comum de algo me façam leva-lo e ficar na prateleira sem grande utilidade.

No entanto há um padrão que tem vindo a acontecer, jornada de compra após jornada de compra.

O pensamento: "Afinal não compro isto sempre, neste já poupo da próxima vez que cá voltar."

Falácia da grossa esta, porque todos os meses há algo que não compro sempre. Verdade que não se repetem mas a parte do poupar o "excesso" que fiz no anterior é algo que dificilmente vai acontecer. Mas lá me adapto e resolvo, tirando até algum prazer nesta necessidade de decisão e avaliação à posteriori.

Nestes quase cinco meses aprendi que a gestão de uma casa tem muito que se lhe diga. A vertente das compras é apenas uma delas. Sempre fui habituado a ter tarefas domésticas apesar de com o tempo ter a perfeita noção que aperfeiçoei a capacidade de me furtar a algumas delas ;) Mas neste campo das decisões, devo dizer que apenas era solicito quando as questões fugiam para a tecnologia ou resolução de problemas.

Há coisas que faço com gosto outras porque a necessidade de as ter feita é mais importante. Para mim foi importante esta mudança de paradigma. Nunca me considerei um preguiçoso e sempre estive disposto a ajudar. Mas neste momento sei onde é realmente preciso me dedicar para que o faço seja onde é mais necessário.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Desafios

Desafio número 1:

Fazer com que a mãe utilize o tablet.

Dificuldades:
  • A unha não serve de muito
  • O ecrã não queima
  • Podes sempre voltar para trás sem teres que me perguntar o que fizeste (difícil saber visto que não estava lá) 
Resultado: Superado

Notas:
  • Aprender a utilizar o facebook foi num abrir e fechar de olhos.


Desafio número 2:

Ajudar o pai a repor o estado do windows para um ponto de restauro.

Dificuldades:
  • Milhares de kilómetros de distância
  • Chamadas que caiem constantemente
  • A utilização de teclas nunca antes percepcionadas
  • Não saber a password do administrador
Resultado: On going process...

Notas:
  • é um verdadeiro desenrascado, aprende depressa demais

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Hoje já sei

Hoje sei porque...
Porque quando estás arrumas o quarto de alguém
Sem ninguém dar por isso,
Sem mencionares tal facto
Sem que com isso queiras dizer algo nas entrelinhas.

Hoje sei porque...
Ficas sereno e observas os momentos entre nós
Sem que com isso seja motivo para ficares de fora
Sem sequer ser falta de interesse, pelo contrário
Sem deixares de parecer sempre presente.

Hoje sei porque...
O prazer das pequenas coisas que tiras quando voltas
Do mais pequeno afazer ao mais moroso e complicado
A vontade de ajudar e estar presente
Conquistar o tempo e o espaço que a vida nos retirou
sem invadir ou impor a presença a quem mais se gosta.

Hoje cresço mais um bocadinho, todos os dias que volto.
Encontro quem fica e procuro entrar, calmo e sereno.
Não interferindo em rotinas que, após pouco tempo,
já não parecem ser minhas

Hoje sei porque sou assim,
Reservado e cauteloso, não por algum trauma ou agrura da vida
Sou porque hoje vejo mais de ti em mim e gosto.
Respeitador e preocupado
Sou porque, propositado ou não, foi algo que nos passaste.

Hoje sei que um dei serei um bom pai
Mesmo ainda tenho muito que crescer como homem,
O serei pois o modelo que quero para mim, já o encontrei em ti.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O abrir dos olhos

Gosto tanto da cegueira própria da juventude
Em que tudo nos parece mais credível e confortável
à luz da (pseudo) experiência.

Sem saber o que mais me preocupa,
Se o horror de, tal como no ensaio,
Voltar a ser mais um que vê

Ou se por outro, agora que consigo olhar para trás
O número de indivíduos cuja juventude
é cada vez maior que aquela
que neste momento em mim se revela.

E quando o tempo muda

Depois de umas horas de chuva meio inesperadas, aparecem sempre os que em dia de sol trazem o guarda chuva atrás. Escusado será dizer que parecem chocolate quente nas caraíbas.

segunda-feira, 31 de março de 2014

A troika da dieta moderna

Ultimamente tem sido um tema de conversa habitual nos círculos por onde frequento, o recorrer a nutricionistas de modo a resolver os desequilíbrios que o tempo e hábitos menos saudáveis trouxeram ao corpo e às sua vidas.

Há um denominador comum nas dietas prescritas, quando o objetivo é emagrecer e que muito se assemelha ao modelo seguido pela austeridade:

  1. Cortar (tudo o que pode provocar mal salta fora, mesmo quando pode também ter benefícios)
  2. Re-educar (com pouco aprender a viver com isto mudar hábitos)
  3. Reintroduzir (devagar voltar a por o que se tirou, mas existe algum resistência natural dado o hábito que se perdeu para processar tal "coisa)
Umas das coisas que se cortam abruptamente são os hidratos de carbono (já voltamos a este ponto mais tarde).

O re-educar prende-se com uma série de erros que cometemos no processo de alimentação durante o dia, desde a escolha dos alimentos há periodicidade e quantidades que ingerimos.

Por fim o reintroduzir, de coisas que cortámos no início e que podemos e devemos consumir com conta peso e medida.

No meio disto tudo onde quero chegar? A maioria das pessoas que seguiram este caminho, são pessoas com algum excesso de peso, mas nada por aí além ou que chegue sequer perto à obesidade mórbida (isto de avaliar à vista desarmada tem que se lhe diga).

Tras-me alguma celeuma que logo desde início não seja também providenciado reeducação em termos de exercício físico ou hábitos desportivos. Parece-me a mim que este só deve ser evitado quando a prática associada ao peso excessivo se torna um fator de risco. Mas verdade seja dita, eles são apenas nutricionistas, a área de ação deles não é esta.

Muito do excesso, dos hidratos pode ser cortado logo com a existência de exercício, isto sem sujeitar o corpo a um rutura total com algo que esteve sempre habituado.

Não sei quais as consequências de um momento para o outro, negarmos ao corpo de coisas que esteve sempre habituado, em maior ou menor quantidade.

Penso que também existe falta de sensibilidade para mostrar às pessoas quais devem ser os principais motivos que nos devem levar a perder a perder peso. Não só os superficiais e que são importantes também, não vale a pena enfiar a cabeça na areia e dizer que o aspeto estético é descartável, mas também os que são de forma coerente, aqueles que mais influenciaram a nossa vida no futuro em termos de saúde.

Com isto, julgo que o processo de perda de peso não deve apenas focar numa só faceta de equilíbrio. Deve ser conjugado com vários aspetos, que vão desde a re-educação
  • hábitos e rotinas alimentares
  • desportiva
  • social (importante pois é em grupo que cometemos os maiores excessos)
  • interior (só nós a podemos operar, fazer pelos motivos errados não nos vai deixar tirar partido das pequenas vitórias que atingimos).
Isto são várias áreas envolvidas, desde o nutricionismo, psicologia, desportiva entre muitas outras.

Antes da promessa de mudanças rápidas e efeitos "duradouros"...melhor seria  realmente uma profunda reflexão sobre cada um de nós e o ganhar de consciência para gerirmos a nossa vida de forma mais ativa e saudável.

sexta-feira, 21 de março de 2014

ONE Single thought

O dia nasce e mais uma vez aspiro encontrar
nos temas que surgem e desaparecem num segundo
à velocidade com que o movimento se perpetra
aninhando e conjugando um padrão crie momento.

Necessidade fugaz de sair da normalidade
tornar-me algo que cria e o mundo contempla
fascina-me a surpresa do espanto por algo novo criado
As questões da simplicidade que tornaram tão raro.

Em três tempos nasceu, sem dar conta cresceu
Trazendo de trás a imagem que antes vingava
Pelo meio mostrou a evolução marinada pelo tempo
Agora que ao fim chegou a sensação continua
O que se pretende é alterar, marcar, modificar
Para sempre ficar e deixar para relembrar.

Segunda, Quarta e Sexta
De onde surgiu o pensamento
evoluído com o passar do tempo

segunda-feira, 17 de março de 2014

Fator vermelho

Este fim de semana voltei a comparecer no almoço anual da Associação de dadores de sangue do Concelho do Seixal.

Apesar da minha primeira dádiva ter sido há coisa de 4 ou 5 anos, esta foi a minha segunda presença.

Quanto ao almoço, um fartote de comida e bom ambiente. Paguei uns míseros 5 euros e comi que nem um rei. Mas isto era só um à parte.

Durante a sessão solene, mais uma vez não pude deixar de reparar que a sala estava maioritariamente constituída por pessoas com alguma idade e contavam-se pelos dedos das mãos aqueles que aparentavam ter menos de 35 anos.

Verdade que era um domingo, um dia geralmente preenchido com atividades em família e não só. Mas não deixa de ser representativo da demografia etária dos dadores, pelo menos desta associação.

Por entre os discursos protagonizados pelos vários oradores na sessão, quero realçar alguns pontos da narrativa apresentada pela representante da Instituto Português do Sangue:

1. Desde 2010 que tem vindo a decrescer o número de dádivas
2. O número de mulheres a dar sangue, foi o que mais aumentou percentualmente.
3. Existem poucos jovens a dar sangue, exceto na faixa dos 18-25 e que na sua maioria são universitários. Depois "desparecem até aos 35-40".

O primeiro ponto pode-se correlacionar com os fatores sociais e económico-políticos que  o nosso país tem vindo a evidenciar nos últimos anos. Vou-me imiscuir desta tertúlia.

O segundo ponto mostra que apesar de ser o género com mais "entraves" à dádiva, dadas as características do corpo feminino e a questões singulares como por exemplo a gravidez, é mesmo assim o género que, neste momento e para os "novos dadores", se encontra mais sensibilizado para a importância deste ato.

O terceiro ponto preocupa-me deveras. A dádiva deve ser voluntária e de plena consciência. Ninguém deve ser julgado por decidir dar ou não dar. Existe também um universo grande de pessoas que desejam dar mas por motivos de saúde não o podem concretizar. No entanto deixo duas questões no ar:

Será feita a divulgação necessária para sensibilizar para esta questão?


Estaremos nós a tornar-nos numa sociedade cada vez mais virada para si e que acorda apenas quando o mal nos toca a nós ou alguém próximo?

Qualquer uma das questões (obviamente) não inclui a opção válida, de optar por não doar, sejam quais forem os motivos.  Mas a sensação que fica para mim, é que  há um sentimento de indiferença relativo ao assunto.

Como nota final um bem haja para a minha irmã, que assim se torna a par da outra irmã, o segundo elemento da família com 10 doações ;)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Viagens e paisagens

Belas nozes encontro meio perdidas
Num chocalhar de tremores e gelatinosas
Balançam trepidante no espaço
Ao compasso de olhar atento e desafogado

Formas crocantes e cobertas de doce
Imbricadas nas cores do espampanante.
Realçam e monopolizam a atenção
endiabrada com pensamentos de fruta no descascamento.

A luz que aquece e brilha refletida
Na epiderme com o cheiro aveludado
saboreado pelo mel refinado
nas imperfeições que apenas realçam o belo regalo.

Juventude que se mistura com o aperfeiçoamento da idade
Ginga eletrizante que é universal seja qual a identidade
Atravessando a mesclagem de tons e sabores urbanos
É estupidificante como me perco no cruzamento de olhares

sábado, 8 de março de 2014

Um dia para relembrar o que nos restantes não deve ficar esquecido

Há dias estive a reler todos os artigos, ou espécie de, que se encontram aqui no blogue.

Deixo o link para um deles, que se adequa ao dia em questão:


E se quiserem seguir o link de inspiração para o post:



Sem dar conta já se passaram quatro anos :)

terça-feira, 4 de março de 2014

decisão

Se  o receio tomar conta do processo de decisão
Trazendo o medo de o caminho errado optar
Pensa que a trajetória será sempre linear
Independentemente da direção que tomar.

As decisões não tem volta, o resto é fruto da imaginação.
Os "Ses" e destinos possíveis não alcançados
Fazem parte de desejos encapotados que ignoram
O definitivo da ação.

Não te preocupes, o linear não implica a direito.
Nem sempre se sofre, nem sempre o caminho é estreito.
O que hoje se esfuma amanha floresce
Com diferentes, iguais, parecidos, difusos pontos de ligação (ou não)
É tudo uma grande descoberta.
Por isso não temas e opta, decide até mais não!

segunda-feira, 3 de março de 2014

Algo especial aconteceu...

2014 começou como um ano de corte quase por completo com velhas rotinas e hábitos.

Entre uma mistura de receios e esperança aconteceu algo que me deixou profundamente tocado e mexeu comigo. Quando menos espera e já nem lembrava o que isso era, aconteceu e acampou.

Dado o momento em que estou, emancipado (a fazer por isso), vou vivendo este período da minha vida de forma intensa e valorizando o seu significado especial.

Assim vos digo:

APANHEI A MINHA PRIMEIRA GRIPE DESDE QUE SOLTEI AMARRAS DA CASA MÃE


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Impressões

Hoje é da de jogatana com as palavras. Será um:

Costuma dizer-se que......

.... ao que eu digo tendo em conta o que vejo que...

1. ...A primeira impressão é aquela que conta
    ...a primeira impressão é aquela que conta

2. ...se começa mal então não há volta a dar
   ... até pode começar mal, só não há volta a dar quando começa-se bem, leva-se ao topo e depois catrapumba, ficou mal, mesmo mal

3. ...para teimar são precisos dois
    ...para teimar é preciso apenas um espelho

4. ...pau que nasce torto tarde ou nunca se endireita
    ...pau que nasce torto não faz sentido nenhum...sou um pau que nasceu torto



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Pergunta do dia

Saudações cordiais.


Questão desta unidade de medida para a rotação da terra sobre um eixo imaginário:



Como se apresenta o estado cognitivo influenciado pela dopamina dos atentos leitores?


Espero que em grande forma :)


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O blogue alterou-se ficando igual...estranho?

Ultimamente tenho deixado de parte a minha ideia de "vida social" no meio da Internet.

Como todo o ser humano tenho aversão à mudança, mas neste aspeto, talvez seja exagerado (penso isso agora, já que há um ano achava equilibrado).

Por exemplo, quando entrei para o mundo da "blogoesfera" tinha a sensação utópica que sem publicidade ou divulgação as pessoas chegariam ao meu blogue e naturalmente tornar-se-iam seguidores, atentos ou esporádicos, das minhas postas de pescada e deambulações pelo mundo da escrita.

Redondamente enganado.

Se até este ponto aprendi a trabalhar os artigos que publico por forma a que tenham um foco de interesse para quem os lê, de nada me serve se realmente ninguém cá colocar os pés.

Uma das alterações que tenho realizado para alimentar a mudança, é a publicação dos links de alguns artigos no meu mural do Facebook. O gráfico das visitas parece que tem um ataque de coração sempre que tal acontece.

Outras mais virão...

Não sei se as pessoas realmente apenas olham e fecham, se chegam ao fim, se partilham...não é importante. O objetivo número um é aumentar a abrangência dos que cá aparecem, ou então isto será apenas um diário para mais tarde revisitar.





terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Em cheio no paradoxo

Há dias em que chovem notícias insólitas e deveras  estupidificantes.

Hoje no Correio da Manha (sim, já basta a referência ao jornal, não irei colocar o link. Procurem :D!), surgiu uma noticia sobre um professor de bombistas suicidas que explode na aula matando alguns dos seus alunos.

Visto assim é como dizer que o professor de pastelaria comeu os croissaints que tinha feito como demonstração para os alunos sem que eles tenham sequer provado o dito cujo...ou então não

Ora, quer-me parecer que uns quantos indivíduos não se aperceberam que para escolher um tutor, mestre ou coisa que o valha, este deve ter experiência no assunto, ou pelo menos mais do que a que já tinham.

Assim de repente a única experiência que este senhor tinha, ganhou-a no momento em que disse adeus aos prazeres terrenos e se juntou às suas virgens no (suposto) paraíso, levando com eles os seus dedicados alunos.

Estou a pensar emigrar para aqueles lados, passando a ser naturalmente um imigrante por lá e tornar-me mestre carpinteiro, ensinando tudo aquilo que ainda estou para aprender e algum dia saberei fazer.

Nota: A história das virgens sempre me fez alguma confusão, isto porque não sabemos se vão satisfazer a orientação sexual no dito cujo que se fez em pedaços


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Para um leitor

Oh bruno...eu sei que estás aí.


Hehe, obrigado pelo "seguimento"


p.s: vou pensar na cena da sala de musculação, todos suados e afins com carinho.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Um pedido e uma fuga

um pedido por algo ofertado
repetindo a mesma frase em ciclo monótono
Procurando no rosto por quem passa
O sinal de uma moeda irá alcançar.

Sentado e de olhar baixo evita
Aquele que caminha na sua direção e a mão estende
Espera que o disfarce da distração cesse o momento
Não consegue nem sequer olhar para dizer um simples "lamento, não darei em vão...".

Porque existe tanta dificuldade em assumir o não.
Assumir que não damos, dispomos ou partilhamos
Com alguém que não sabemos se será digno do nosso humanismo (será?)

Preferimos esconder atrás do desviar de um olhar
Desprezando o que achamos ser alguém desgraçado,
Procurando uma saída fácil para tal embaraço.


Na realidade quem não encara nem assume,é fruto da própria desgraça!
pois pior que mendigar o corpo é mendigar o nosso caracter
Um simples olhar direto assumindo o que não queremos dar,
mostra mais virtude em nós do que é de expectar.

Não desprezem só porque sim,
assumam na cara o que para vocês em relação aos outros decidem.
Não há pior tratamento que a indiferença

domingo, 2 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Assim e não assim

Um abracinho forte
Seguido de um beijinho grande
Ora toma lá um carinho enorme
Só para ti meu grande fofinho.

Tenho uma saudadinha enorme
Estás ai perto de estar longe
Tão bom de acrescentar
Suposto dicotómico para realçar 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Às vezes aprendemos

Há momentos na vida em que repensamos aquilo que nos rodeia.
Aqueles momentos em que nos apercebemos na mesquinhez de alguns dos nossos males.
A natureza humana faz deles curtos mas incisivos.
Valem pela consciência momentânea cuja probabilidade de se tornarem permanentes,
reduz-se com o distanciamento cognitivo e sentimental da experiência.

No entanto deixo aqui algumas palavras, por alguém que pouco conheci
Mas que através dos olhos de alguém que vive junto do meu coração
vi um olhar profundo e nostálgico...
vi a angustia e tristeza por alguém que partiu.
vi a dor de uma amizade que fugiu.
vi o sentimento de impotência de não voltar exprimir um carinho que nutriu.

A vida leva-nos quem menos esperamos
Geralmente os lutadores são os mais ovacionados
Aqueles que não baixam os braços mesmo quando o adversário parece mais forte.

Aproveitem os amigos, familia, desconhecidos...,
aproveitem as pessoas e a sua presença.
Não somos eternos e os momentos que ficam, são aqueles que nos engrandecem.
Aqueles que no fim, deixam nos olhos das pessoas que mais nos querem.
Um sentimento nostálgico e um olhar profundo...
Aqueles que deixam o coração apertado, pela injustiça de ver partir alguém...
sem nada poder fazer para mudar o fado.

(tinha a minha idade, um vida de luta contra a doença mas nunca lhe deixei de ver o sorriso)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quem é o mais esperto?

Chico Esperto 01 (CE01) - Alguém tem cinquenta cêntimos que me empreste?
Chico Esperto 02 (CE02) - Deixa ver...tenho um euro serve?
CE01 - Sim, mas só te pago os cinquenta que te pedi.
CE02 - Não faz mal, ficas a dever-me dois euros...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Um até já ( o maior post de sempre :D)



Antes de tudo obrigado pela visita e não menos importante desejo muita paciência na leitura.

A decisão já estava tomada  no início de Dezembro, aliás, teoricamente em Agosto já sabia que seria assim.

O Futsal como desporto federado vai fazer uma "pausa" na minha vida. Como atleta antecipo a decisão que no início da época seria só em maio, mas de há um mês para cá já tinha sido reprogramada para meados de Janeiro.

Esta decisão só não aconteceu logo em Dezembro porque a equipa passava por um momento complicado, muitas desistências e situações cujas permanência de colegas não era clara. Assumi um compromisso e para o quebrar tinha que ter a certeza que as consequências seriam sanáveis num curto prazo. Esperei até a equipa voltar a ter um plantel digno de nome, o que acontece neste momento.

Em cima referi pausa, porque, se a equipa precisar de mim não irei dizer que não, seja para fazer número em treinos, seja para sentar-me com os meus colegas durante o jogo para compor o banco e tudo o que tiver possibilidades de fazer.

A decisão em nada tem a ver com a parte desportiva mas a necessidade de mudar algo na minha vida,
até mesmo esta época, certamente atípica em que tive mais treinadores em 5 meses que em toda a minha restante vida de praticante sénior de futsal não teve impacto na minha decisão até porque também aprendi muito e tive muito gosto, mesmo com aqueles que à primeira vista seriam olhados de lado por maneiras de ser e estar e que muitas vezes chocam com os restantes.

Foram 21 anos de desporto federado, com uma pequena pausa devido a uma lesão que traçou o futuro do meu joelho (sim...aquele que tanto falo ao pessoal :) )


Desde tenra idade, encarei o desporto como algo que me fazia libertar e sonhar. Não posso dizer que tivesse algum talento inato para a prática seja do que for. Mas tinhas outros, seriedade, responsabilidade, vontade de vencer, persistência e um enorme espírito de grupo.

Conheci pessoas fantásticas, umas continuam na minha vida outras o tempo levou. Colegas de balneário, treinadores, dirigentes, adeptos, adversários, árbitros e um rol enorme de ocupações que de certa forma estiveram ligadas à prática do futebol salão, futebol de 11 e no futsal.

Quem privou comigo sabe que sempre foi uma componente importante na minha vida. Quantos aniversários tive que faltar e as pessoas ouvirem a justificação "vou ter jogo..."? Quantas tertúlias e cafés com amigos faltei porque "hoje tenho treino..."? Quantas festas e saídas deixei de sair porque "amanha tinha que levantar cedo e estar fresco para a viagem" até não sei onde? (as saídas foi assim mais nos últimos anos...idade não perdoa).

Bem sei que havia quem não compreendia, outros que compreendiam demais e aqueles que era algures pelo meio. Da mesma forma como só eu consigo saber o que isto significa para mim (nunca fui um ás em expressar sentimentos e a fazer marketing da minha pessoa), sei que é natural estes sentimentos surgirem e vendo o copo meio cheio, é bom. E porquê? Sinal que alguém quer a nossa presença :)

Tenho 30 anos, sim 30 anitos...e o que pensava que não me ia bater era a crise deste número tão redondo.
Tenho necessidade de fazer coisas novas, tenho a criatividade no auge, um conhecimento do mundo como nunca tive e possuo uma vivacidade que na minha modesta opinião está muito para além da idade.

Outros acontecimentos aconselharam-me à mudança e apesar de para algumas interpretações parecer forçado não o é. Somos filhos das nossas decisões e quando tomadas de consciência e medindo os prós e contras não há nada de obrigação em seguir sugestões que vão implicar na avaliação presente, mudanças positivas na nossa vida.

Fazendo um pequeno resumo do meu percurso como praticante de futebol, passei por três vertentes: salão, 11 e futsal.

Futebol salão

O início foi na Associação dos Amigos do Pinhal do General (AAPG), em que estive desde os 9 anos até aos 16.
Coincidiu com a mudança de casa, vindo do barreiro em Agosto de 1992, surgiu a primeira oportunidade de jogar futebol num clube.

Começamos com uma equipa de futebol de 11 bastante heterogénea em idades e origens.  Apenas treinávamos e fazíamos alguns torneios. Rapidamente  evoluiu então para o futebol salão. A nossa primeira participação em competições foi na seixaliada. Uma competição que existe no Seixal há muitos anos. Na altura participávamos num campeonato de 12 equipas (julgo) em que a maioria do plantel nem tinha idade para estar naquele escalão (conseguimos ganhar os últimos 2 jogos, foi fantástico). Depois entrámos no campeonato nacional de futebol salão, na altura dividido por zonas. Conseguimos coisas fantásticas, desde duas finais da taça regional, uma delas ganha,  uma final da taça nacional onde fomos vencidos pelo Campinas no bombarral, subidas de divisões e mais importante, amizades que ficaram para a vida.

Esta fase marcou claramente a minha infância. Sempre fui uma criança introvertida, bastante observadora e sonhadora. Sonhava muito acordado e esta fase fez me sentir querido e pertencente a algo. Podia ser "low profile" mas toda a gente sabia quem eu era. Sentia-me feliz :D


Futebol 11

Quando terminaram as equipas na AAPG (de forma algo abrupta, pelo  menos dos olhos de quem apenas joga e não liga à parte do dirigismo), fui jogar futebol de 11.

A equipa era o Clube Cultural e Desportivo dos Brejos de Azeitão (CCDBA)
Joguei lá duas épocas, ambas como júnior.  Em termos desportivos foi a primeira grande mudança que vivi. Vinha de um meio relativamente fechado e estável no que toca ao ambiente e familiaridade dos seus intervenientes. Estava bem integrado e o contexto era de enorme segurança e de repente puff...fui obrigado a mudar e a sair da zona de conforto.

Com 16 anos não era o adolescente típico, ainda muito infantilizado. A primeira imagem/sensação que tive era que não pertencia ali. Apesar de ser dos mais novos da equipa sentia-me mais confortável com o pessoal do juvenis, com os quais identificava melhor comigo os traços comportamentais e maneiras de estar.

Na minha equipa pareciam todos homens feitos, barba rija, corpo definido, muitos nem estudavam...uns autênticos "bichos".

Resolvi não desistir e fiz muito bem. Depressa aprendi a estar naquele meio e apesar do meu desenvolvimento físico em comparação com a maioria do plantel estar nitidamente mais atrasado, a maturidade mental e as capacidades cognitivas equilibravam a balança. Aprendi  muito no que toca a lidar com um leque diferenciado de personalidades que já estavam bem vincadas e definidas.

Pessoas de sempre que via na escola aos anos, comecei a dar-me com elas, a desmistificar imagens pré-concebidas no meu preconceito introvertido e aprendi que não vale a pena andarmos sempre de volta da casca quando a gema é sempre uma incógnita. Foi aí que senti pela primeira vez o valor da união, porque já me tornava um adulto e a perceber que a força do grupo é sempre superior à soma do individual

Coincidiu esta fase com a minha real entrada na adolescência vivida em pleno (ou então não hehe). Mais uma vez uma mudança despoleta alterações na minha psique e maneira de estar.
Foi também a altura da minha primeira grande frustração a nível profissional, falhei a entrada no curso pretendido (por ingenuidade e alguma preguiça no estudo), e tive que ir para Setúbal. O curso foi um recurso de ultima hora, mas estava disposto a aceitar as consequências de não ter esforçado condignamente e se não conseguisse entrar no ano seguinte em Eng. Informática, levaria até ao fim.


 Entretanto chegámos a seniores, e como qualquer clube de formação com parcos recursos, não havia continuidade, o futebol federado teve um interregno de quase dois anos.

(sim, consegui entrar na Faculdade Ciências e Tecnologias, repetindo o exame de matemática em que tive 14 valores com apenas um mês de estudo a ajuda da explicação. Passei também de ano no curso em Setúbal porque tal como frisei, aprendi que somos responsáveis pelos nosso actos, e não vale a pena fugir a isso)

A "paragem"
 
Foram dois anos de muitos torneios e vontade de pertencer a uma equipa. O facto de viver onde vivia e não ter meios próprios para me deslocar (juntando à entrada na FCT), tornaram muito difícil encontrar uma equipa acessível em termos de horários e deslocação.

Engraçado que não era o único na mesma situação. Tinha vários ex-colegas sem clube e a estes se juntaram outros mais que nem sei de onde apareceram. Criou-se ali uma sinergia inédita para mim. Um bando de rapazes, entre os 17 e os 28 anos que se organizavam para treinar e jogar como se um clube se tratasse. Todos eram uma espécie de "faz tudo". Alternadamente executávamos tarefas de gestão, orientação de treino, prospeção de melhores condições. Isto tudo tendo como base as instalações da AAPG, que neste momento eram apenas uma sombra do fulgor humano que um dia tinha sido.

Mesmo assim conseguimos ter uma equipa sénior, duas de escalões jovens e uma feminina, tudo isto em dois anos, com recursos limitados e muita força de vontade.

Pela primeira vez estava na génese de algo, senti-me empreendedor. Foi também esta a fase mais difícil na Faculdade. Estava a adaptar-me e tudo me parecia enorme, sentia-me algo pressionado pelo fato de ter já "perdido" um ano em Setúbal e agora tudo parecer ainda mais difícil. Foi neste período que houve a revisão da lei do financiamento do ensino superior, indexando o valor das propinas à inflação com base num ano que já não me recordo.

Basicamente passei a pagar 3 vezes mais de propinas, numa casa em que mais duas irmãs estudavam e um pai andava de emprego em emprego desde que 3 anos antes, a antiga empresa tinha fechado.

(Aos meus pais um beijo e um sentido de gratidão enorme, porque o que eles passaram e se esforçaram para hoje eu, os meus irmãos e muita gente à volta, sentissem ajudadas e apoiadas, estando eles sempre dispostos a tudo para que não faltasse nada. Vocês são grandes)

Neste período ainda fui treinar ao 1º de Maio do Barreiro, na altura na 3ª divisão Nacional. Nesse momento vi o que era realmente uma equipa sénior treinar. Foram 6 semanas fantásticas. Eu e mais 2 colegas do grupo que mencionei anteriormente estávamos à experiência. Um ficou, a mim disseram-me que ia ficar mas preferiam que rodasse num outro clube com mais hipóteses de jogar o terceiro não tinha sido opção (curiosamente foi o único que acabou por jogar esse ano, na altura no Correio da Manha Amora).

Nem três semanas passaram e tive a minha primeira lesão grave. Luxação da rótula no joelho esquerdo. As possibilidades de jogar aquela época tinham-se desvanecido. Foram 5 meses de calvário, nunca tinha estado tanto tempo parado e pior, sem mobilidade. Muitas foram as vezes que pensei que não ia recuperar totalmente até porque os tratamentos eram todos feitos às minhas custas, ou seja, SNS (devo dizer que funcionou de forma perfeita, se descontarmos o diagnóstico que foi todo feito no privado, acelerando o processo).

Esta situação tornou-me mais forte e levou a despertar em mim o bichinho de treinador. Neste período ajudei na equipa de futsal feminino e tomei as rédeas como treinador da equipa sénior, mantendo-me como jogador. Conseguimos numa equipa que começou do nada e em que os jogadores não tinham muitas noções de futsal, transformar num grupo  muito forte táticamente. Tudo isto com base no que aprendemos no 1º de Maio.

Estas equipas apenas participavam em torneios particulares e nas competições do Seixal. Rápidamente a vontade de competição regular e focada veio ao de cima e no ano seguinte voltei a jogar federado.

Futsal

Aqui surgiu a primeira hipótese real de representar um clube federado no futsal. O nome era Associação de desenvolvimento da Quinta do Conde. Um clube com muitos anos no futebol de 11 e outras modalidades, mas que se estreava também com uma equipa neste desporto.

A equipa era verdadeiramente imberbe no que diz respeito ao futsal. Até eu com os meus parcos conhecimentos identificava facilmente as lacunas. Apesar de tudo era algo natural visto que todos os jogadores e treinadores eram originários do futebol 11 e nem o contato com o futebol salão tinham.

No entanto evoluímos. Na primeira época subimos à primeira divisão distrital, verdade que em 4º e através de repescagem. Mas quem viu a nossa equipa nas primeiras 5 jornadas e depois no fim, parecia algo do dia para a noite. Já na ano seguinte ficámos às portas do playoff (com os 6 primeiros), mas acabamos por vencer o playout, mantendo assim no escalão maior do distrital.
No ano seguinte chegámos ao playoff e o culminar deste percurso sempre em crescente foi a subida à 3ª divisão nacional na quarta época. Joguei mais um ano na quinta do conde, tendo acabado por sair. De uma forma que deixou marcas,visto depois de tantos anos e dedicação, não foram capazes de chegar até mim e comunicar a minha saída pessoalmente. O futebol é mesmo assim, hoje somos precisos, amanha não, mas a frontalidade deve ser sempre requisito em qualquer aspecto da nossa vida.

Foram os meus melhores anos como jogador. Tanto na ADQC como em simultâneo na Faculdade, que em dois anos ganhamos o campeonato de lisboa da 2ª divisão, o campeonato da 1ª  e fomos finalistas da taça.

Este período de ADQC decorreu durante a faculdade. Foi quando me defini como homem, trilhei o meu caminho até à vida profissional e aprendi enormes lições de vida com as vivências com colegas mais velhos e amigos de Faculdade, cuja união ainda hoje trago no coração. Trouxe também a alegria e prazer de algumas amizades que são e serão para sempre genuínas, pessoas da faculdade que me completaram como pessoa e fizeram-me crescer.


O passo seguinte foram as Águias Unidas. Um clube de pequena dimensão na altura mas com grande palmerés no futebol salão e camadas jovens no futsal.

Era uma equipa diferente. Passei de um dos mais novos para um dos mais velhos. O contexto social e de vida dos elementos da equipa não tinha comparação ao que existia na ADQC. Podia dizer que havia mais coisas em comum entre eu e eles do que com a minha antiga equipa. Foram 4 anos que aqui passei. Nestes quatro anos tivemos um segundo ano que foi o melhor desportivamente e em conjunto com o terceiro, os melhores em termos de grupo. Aprendi a gostar genuinamente do clube e das pessoas que andavam com ele às costas. É um clube de bairro que apenas sobrevive porque meia dúzia de pessoas dão muito da sua vida pessoal por esse objetivo.

Foi no início da aventura nas AU que mudei para o meu emprego atual. Estava mal na empresa anterior, mas nada fiz para mudar. Apenas quando fui empurrado é que procurei algo diferente. Este traço de personalidade é algo característico em mim. Analisando os momentos de mudança, acabaram por ser todos empurrados, pelo menos os descritos neste"pequeno" texto.

Foi durante a aventura na AU que conheci aquela que posso dizer que é a mulher que mais me marcou e marca ainda hoje. Mesmo longe trago-a sempre comigo.

Findada a aventura  na AU voltei para as ADQC. Motivado por jogar no Nacional e porque um grande amigo insistiu que voltasse. Foi a primeira vez que fui para algum lado jogar porque queria sentir algo familiar. A época ainda vai a meio, com alguns atropelos e situações nada normais.

No entanto sinto-me bem, com  um grupo que depois de andar aos solavancos e por buracos, alguns que pareciam grandes demais para superar, tornou-se mais forte e neste momento não há nada que nos faça cair ou vacilar.

Este ultimo parágrafo torna a decisão mais difícil. Estou longe do auge desportivo mas atingi a maturidade plena como atleta. Não estou preocupado com o tempo de jogo, com a importância que colocam ou não em mim. Aprendi com o tempo que a isso cabe apenas à equipa técnica, e estamos bem entregues.
Chegou a hora de pensar que para evoluir agora preciso de outros desafios e farei para os atingir.

Quem aqui chegou, dou os parabéns. Ler isto de empreitada é obra.

Para quem me conhece sabe que é com angustia que escrevo este texto mas com um sorriso nos lábios porque adoro desafios. A decisão foi tomada e agora é força para a frente que a bola é redonda.

Espero despedir-me da equipa no próximo jogo. Será contra a Baronia em Beja...

Um abraço e até sempre.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Sabe bem voltar

Mesmo que por 5 minutos.

Ontem no regresso do treino deixei a minha irmã em casa.
Tinha um pretexto qualquer para desligar o carro e entrar.
Já passava da meia noite.
Entrei e senti-me em casa
Parei à beira das tangerinas que nascem ali atrás no quintal.
Mergulhei em modo alarve e regressei.

Regressei à infância enquanto atacava directamente na àrvore.
Regressei à adolescência enquanto sentado no quintal.
e debaixo do sol quente do meio dia, degustava tão doce fruto
Regressei aos tempos de faculdade, em que a pausa no estudo
era sempre acompanhada pelo belo citrino.
Regressei...regressei e sorri.

Passados os 5 minutos voltei ao meu caminho,
de regresso ao que espero que se torne naturalmente lar.
Mas vai sempre saber bem regressar ;)

p.s: Sim, ainda agora saí e já estou saudosista. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Para o nosso menino

Hum.. que sentimento inquieto.
Este que surge meio adormecido.
Tem origem num petiz
Que há três anos
Nos prendou com o seu sorriso.

Com o maior dos orgulhos
Gritamos e cantamos ao mundo
Vamos Jubilar e festejar sem medos
Um amor tão profundo.

Hoje és filho, neto e sobrinho
Amanha um homem, um amigo.
És uma luz que tão bela surgiu
Para nos tornar mais unidos.

Reguila, traquina e dono do seu nariz.
Carinhoso no abraço e no beijo mimado.
Um autêntico quebra cabeças
Que nos amarra ao coração
O amor de uma criança
Jamais será rejeitado

Parabéns Miguel

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Uma ideia interessante

Deixo-vos esta ligação para explorarem o assunto. É uma crónica do Henrique Raposo no Expresso.

Penso ser um tema pertinente para refletir:

http://expresso.sapo.pt/o-rei-leao-ja-tem-20-anos-hoje-em-dia-nao-seria-realizado=f848502