segunda-feira, 31 de março de 2014

A troika da dieta moderna

Ultimamente tem sido um tema de conversa habitual nos círculos por onde frequento, o recorrer a nutricionistas de modo a resolver os desequilíbrios que o tempo e hábitos menos saudáveis trouxeram ao corpo e às sua vidas.

Há um denominador comum nas dietas prescritas, quando o objetivo é emagrecer e que muito se assemelha ao modelo seguido pela austeridade:

  1. Cortar (tudo o que pode provocar mal salta fora, mesmo quando pode também ter benefícios)
  2. Re-educar (com pouco aprender a viver com isto mudar hábitos)
  3. Reintroduzir (devagar voltar a por o que se tirou, mas existe algum resistência natural dado o hábito que se perdeu para processar tal "coisa)
Umas das coisas que se cortam abruptamente são os hidratos de carbono (já voltamos a este ponto mais tarde).

O re-educar prende-se com uma série de erros que cometemos no processo de alimentação durante o dia, desde a escolha dos alimentos há periodicidade e quantidades que ingerimos.

Por fim o reintroduzir, de coisas que cortámos no início e que podemos e devemos consumir com conta peso e medida.

No meio disto tudo onde quero chegar? A maioria das pessoas que seguiram este caminho, são pessoas com algum excesso de peso, mas nada por aí além ou que chegue sequer perto à obesidade mórbida (isto de avaliar à vista desarmada tem que se lhe diga).

Tras-me alguma celeuma que logo desde início não seja também providenciado reeducação em termos de exercício físico ou hábitos desportivos. Parece-me a mim que este só deve ser evitado quando a prática associada ao peso excessivo se torna um fator de risco. Mas verdade seja dita, eles são apenas nutricionistas, a área de ação deles não é esta.

Muito do excesso, dos hidratos pode ser cortado logo com a existência de exercício, isto sem sujeitar o corpo a um rutura total com algo que esteve sempre habituado.

Não sei quais as consequências de um momento para o outro, negarmos ao corpo de coisas que esteve sempre habituado, em maior ou menor quantidade.

Penso que também existe falta de sensibilidade para mostrar às pessoas quais devem ser os principais motivos que nos devem levar a perder a perder peso. Não só os superficiais e que são importantes também, não vale a pena enfiar a cabeça na areia e dizer que o aspeto estético é descartável, mas também os que são de forma coerente, aqueles que mais influenciaram a nossa vida no futuro em termos de saúde.

Com isto, julgo que o processo de perda de peso não deve apenas focar numa só faceta de equilíbrio. Deve ser conjugado com vários aspetos, que vão desde a re-educação
  • hábitos e rotinas alimentares
  • desportiva
  • social (importante pois é em grupo que cometemos os maiores excessos)
  • interior (só nós a podemos operar, fazer pelos motivos errados não nos vai deixar tirar partido das pequenas vitórias que atingimos).
Isto são várias áreas envolvidas, desde o nutricionismo, psicologia, desportiva entre muitas outras.

Antes da promessa de mudanças rápidas e efeitos "duradouros"...melhor seria  realmente uma profunda reflexão sobre cada um de nós e o ganhar de consciência para gerirmos a nossa vida de forma mais ativa e saudável.

sexta-feira, 21 de março de 2014

ONE Single thought

O dia nasce e mais uma vez aspiro encontrar
nos temas que surgem e desaparecem num segundo
à velocidade com que o movimento se perpetra
aninhando e conjugando um padrão crie momento.

Necessidade fugaz de sair da normalidade
tornar-me algo que cria e o mundo contempla
fascina-me a surpresa do espanto por algo novo criado
As questões da simplicidade que tornaram tão raro.

Em três tempos nasceu, sem dar conta cresceu
Trazendo de trás a imagem que antes vingava
Pelo meio mostrou a evolução marinada pelo tempo
Agora que ao fim chegou a sensação continua
O que se pretende é alterar, marcar, modificar
Para sempre ficar e deixar para relembrar.

Segunda, Quarta e Sexta
De onde surgiu o pensamento
evoluído com o passar do tempo

segunda-feira, 17 de março de 2014

Fator vermelho

Este fim de semana voltei a comparecer no almoço anual da Associação de dadores de sangue do Concelho do Seixal.

Apesar da minha primeira dádiva ter sido há coisa de 4 ou 5 anos, esta foi a minha segunda presença.

Quanto ao almoço, um fartote de comida e bom ambiente. Paguei uns míseros 5 euros e comi que nem um rei. Mas isto era só um à parte.

Durante a sessão solene, mais uma vez não pude deixar de reparar que a sala estava maioritariamente constituída por pessoas com alguma idade e contavam-se pelos dedos das mãos aqueles que aparentavam ter menos de 35 anos.

Verdade que era um domingo, um dia geralmente preenchido com atividades em família e não só. Mas não deixa de ser representativo da demografia etária dos dadores, pelo menos desta associação.

Por entre os discursos protagonizados pelos vários oradores na sessão, quero realçar alguns pontos da narrativa apresentada pela representante da Instituto Português do Sangue:

1. Desde 2010 que tem vindo a decrescer o número de dádivas
2. O número de mulheres a dar sangue, foi o que mais aumentou percentualmente.
3. Existem poucos jovens a dar sangue, exceto na faixa dos 18-25 e que na sua maioria são universitários. Depois "desparecem até aos 35-40".

O primeiro ponto pode-se correlacionar com os fatores sociais e económico-políticos que  o nosso país tem vindo a evidenciar nos últimos anos. Vou-me imiscuir desta tertúlia.

O segundo ponto mostra que apesar de ser o género com mais "entraves" à dádiva, dadas as características do corpo feminino e a questões singulares como por exemplo a gravidez, é mesmo assim o género que, neste momento e para os "novos dadores", se encontra mais sensibilizado para a importância deste ato.

O terceiro ponto preocupa-me deveras. A dádiva deve ser voluntária e de plena consciência. Ninguém deve ser julgado por decidir dar ou não dar. Existe também um universo grande de pessoas que desejam dar mas por motivos de saúde não o podem concretizar. No entanto deixo duas questões no ar:

Será feita a divulgação necessária para sensibilizar para esta questão?


Estaremos nós a tornar-nos numa sociedade cada vez mais virada para si e que acorda apenas quando o mal nos toca a nós ou alguém próximo?

Qualquer uma das questões (obviamente) não inclui a opção válida, de optar por não doar, sejam quais forem os motivos.  Mas a sensação que fica para mim, é que  há um sentimento de indiferença relativo ao assunto.

Como nota final um bem haja para a minha irmã, que assim se torna a par da outra irmã, o segundo elemento da família com 10 doações ;)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Viagens e paisagens

Belas nozes encontro meio perdidas
Num chocalhar de tremores e gelatinosas
Balançam trepidante no espaço
Ao compasso de olhar atento e desafogado

Formas crocantes e cobertas de doce
Imbricadas nas cores do espampanante.
Realçam e monopolizam a atenção
endiabrada com pensamentos de fruta no descascamento.

A luz que aquece e brilha refletida
Na epiderme com o cheiro aveludado
saboreado pelo mel refinado
nas imperfeições que apenas realçam o belo regalo.

Juventude que se mistura com o aperfeiçoamento da idade
Ginga eletrizante que é universal seja qual a identidade
Atravessando a mesclagem de tons e sabores urbanos
É estupidificante como me perco no cruzamento de olhares

sábado, 8 de março de 2014

Um dia para relembrar o que nos restantes não deve ficar esquecido

Há dias estive a reler todos os artigos, ou espécie de, que se encontram aqui no blogue.

Deixo o link para um deles, que se adequa ao dia em questão:


E se quiserem seguir o link de inspiração para o post:



Sem dar conta já se passaram quatro anos :)

terça-feira, 4 de março de 2014

decisão

Se  o receio tomar conta do processo de decisão
Trazendo o medo de o caminho errado optar
Pensa que a trajetória será sempre linear
Independentemente da direção que tomar.

As decisões não tem volta, o resto é fruto da imaginação.
Os "Ses" e destinos possíveis não alcançados
Fazem parte de desejos encapotados que ignoram
O definitivo da ação.

Não te preocupes, o linear não implica a direito.
Nem sempre se sofre, nem sempre o caminho é estreito.
O que hoje se esfuma amanha floresce
Com diferentes, iguais, parecidos, difusos pontos de ligação (ou não)
É tudo uma grande descoberta.
Por isso não temas e opta, decide até mais não!

segunda-feira, 3 de março de 2014

Algo especial aconteceu...

2014 começou como um ano de corte quase por completo com velhas rotinas e hábitos.

Entre uma mistura de receios e esperança aconteceu algo que me deixou profundamente tocado e mexeu comigo. Quando menos espera e já nem lembrava o que isso era, aconteceu e acampou.

Dado o momento em que estou, emancipado (a fazer por isso), vou vivendo este período da minha vida de forma intensa e valorizando o seu significado especial.

Assim vos digo:

APANHEI A MINHA PRIMEIRA GRIPE DESDE QUE SOLTEI AMARRAS DA CASA MÃE