quarta-feira, 23 de abril de 2014

Desafios

Desafio número 1:

Fazer com que a mãe utilize o tablet.

Dificuldades:
  • A unha não serve de muito
  • O ecrã não queima
  • Podes sempre voltar para trás sem teres que me perguntar o que fizeste (difícil saber visto que não estava lá) 
Resultado: Superado

Notas:
  • Aprender a utilizar o facebook foi num abrir e fechar de olhos.


Desafio número 2:

Ajudar o pai a repor o estado do windows para um ponto de restauro.

Dificuldades:
  • Milhares de kilómetros de distância
  • Chamadas que caiem constantemente
  • A utilização de teclas nunca antes percepcionadas
  • Não saber a password do administrador
Resultado: On going process...

Notas:
  • é um verdadeiro desenrascado, aprende depressa demais

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Hoje já sei

Hoje sei porque...
Porque quando estás arrumas o quarto de alguém
Sem ninguém dar por isso,
Sem mencionares tal facto
Sem que com isso queiras dizer algo nas entrelinhas.

Hoje sei porque...
Ficas sereno e observas os momentos entre nós
Sem que com isso seja motivo para ficares de fora
Sem sequer ser falta de interesse, pelo contrário
Sem deixares de parecer sempre presente.

Hoje sei porque...
O prazer das pequenas coisas que tiras quando voltas
Do mais pequeno afazer ao mais moroso e complicado
A vontade de ajudar e estar presente
Conquistar o tempo e o espaço que a vida nos retirou
sem invadir ou impor a presença a quem mais se gosta.

Hoje cresço mais um bocadinho, todos os dias que volto.
Encontro quem fica e procuro entrar, calmo e sereno.
Não interferindo em rotinas que, após pouco tempo,
já não parecem ser minhas

Hoje sei porque sou assim,
Reservado e cauteloso, não por algum trauma ou agrura da vida
Sou porque hoje vejo mais de ti em mim e gosto.
Respeitador e preocupado
Sou porque, propositado ou não, foi algo que nos passaste.

Hoje sei que um dei serei um bom pai
Mesmo ainda tenho muito que crescer como homem,
O serei pois o modelo que quero para mim, já o encontrei em ti.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O abrir dos olhos

Gosto tanto da cegueira própria da juventude
Em que tudo nos parece mais credível e confortável
à luz da (pseudo) experiência.

Sem saber o que mais me preocupa,
Se o horror de, tal como no ensaio,
Voltar a ser mais um que vê

Ou se por outro, agora que consigo olhar para trás
O número de indivíduos cuja juventude
é cada vez maior que aquela
que neste momento em mim se revela.

E quando o tempo muda

Depois de umas horas de chuva meio inesperadas, aparecem sempre os que em dia de sol trazem o guarda chuva atrás. Escusado será dizer que parecem chocolate quente nas caraíbas.