domingo, 31 de maio de 2015

E o tempo passa

O vento quase que afaga o luto entranhado
entardecido pela dor da separação
O vento quase que leva para longe a sensação
do ultimo toque físico que não terá repetição


Um barco que mais uma vez observo deste papel
Aquele do qual para o outro não quero trocar
Apenas imagino as sensações que desejo não sentir
E no eterno, os que mais quero, não ver partir.

A vida está em constante renovação e redenção
Um fluxo que não tem paragem ou interrupção
Somos filhos, tios, pais, avós...
E no fim apenas ficará,
aqueles cuja marca vincou e teimou entrar
a sensação de um adeus ténue, injusto e inócuo
Pois não mais, para trás vamos voltar.